Os incêndios em vegetação e os causados por animais peçonhentos têm atenção redobrada dos bombeiros voluntários nesta época do ano. No Litoral Sul do Estado, por exemplo, desde dezembro o Corpo de Bombeiros Voluntários de Jaguaruna registra maior incidência de queimadas em vegetação e queda de altura. São consequências do trabalho dos veranistas que aproveitam as férias para fazer a manutenção anual da casa de praia.
“As pessoas fazem a limpeza de telhados e calhas sem itens de segurança. Na maioria das vezes também elimina lixo, entulhos e até a vegetação nos terrenos baldios ateando fogo”, diz o comandante Ugo Leonardo Medeiros. “O número de incêndios aumenta muito neste período se comparado com o registrado durante o ano. Chegamos a atender até 15 focos por dia porque as pessoas perdem o controle e precisam da nossa intervenção”.
O aumento das queimadas em áreas de mata e terrenos baldios também preocupa os Bombeiros Voluntários de Caçador, no Meio-oeste, nesta época do ano quando calor favorece a propagação do fogo e o descontrole. “Trabalhos muito com prevenção, mas ainda temos muitos casos”, observa o comandante Anderson Caetano de Souza.
Previsão do tempo
Se no Sul e Meio-oeste do Estado é o fogo em vegetação que dispara os pedidos de socorro, no Médio Vale do Itajaí são as trovoadas de fim de tarde que mantém os bombeiros voluntários atentos às condições do tempo. O comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Indaial, Evandro Vinotti, explica que a força dos ventos e o volume de chuva originam as cabeças d’água (aumento rápido e repentino do nível de um rio devido a chuvas nas cabeceiras) e ameaça a segurança de banhistas, além de provocar a queda de árvores e galhos sobre a rede de energia elétrica, enxurradas e alagamentos.
“Os temporais de verão são grande problema na região e afetam, principalmente, cidadãos em trânsito nas ruas”, diz. “Nessas situações orientamos a respeitarem as áreas isoladas pelos bombeiros e se manterem longe de árvores, rios, piscinas e outras áreas de risco”, recomenda Vinotti.
Animais peçonhentos
As altas temperaturas trazem também outro risco e contribuiu para crescimento das chamadas pelo socorro dos bombeiros voluntários: o aparecimento de animais peçonhentos – serpentes, lagarta taturana (Lonomia oblíqua), escorpiões e aranhas Acidentes com estes animais exigem cuidados médicos.
ORIENTAÇÕES │Cuidados simples reduzem riscos de acidentes
→ Animais peçonhentos
Evite acúmulo de lixo ou entulho, pedras, tijolos, telhas, madeiras e não deixe mato alto ao redor das casas. Isso atrai e abriga pequenos animais que servem de alimentos às serpentes e escorpiões;
Mantenha jardins e terrenos baldios limpos;
Acondicione o lixo em sacos plásticos bem fechados;
Use luvas de proteção e perneiras ao trabalhar com materiais estocados ou fazer a roçada
→ Temporais
Não caminhe por áreas alagadas;
Não transite de carro em ruas alagadas;
Busque um abrigo: evite ficar ao ar livre e descampado;
Se você estiver dirigindo, estacione o veículo em local seguro e ligue o pisca-alerta;
Evite o contato com eletrônicos: não use aparelhos ligados em tomadas;
Nunca vá para debaixo de árvores, elas agem como para-raios naturais.
→ Limpeza de telhados e calhas
Utilize escada e peça ajuda para outra pessoa para segurá-la na hora de subir e descer;
Use cinto de segurança (ancorado em local firme), calçado antiderrapante para evitar escorregões; luvas para proteger as mãos e, se necessário, óculos de proteção;
Para evita que as telhas rachem com o peso, colocar uma tábua para andar por cima; posicione junto ao ripamento das telhas;
Cuide com fios da rede elétrica.