Os bombeiros voluntários em Santa Catarina estão nas operações de buscas e resgate de vítima do rompimento da barragem de contenção de lama de rejeitos da mineradora Vale, em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). O desastre na mina Córrego do Feijão, que integra o Complexo de Paraopeba, aconteceu sexta-feira (25). Sob a coordenação dos bombeiros militares de Minas Gerais, na manhã deste quinta o grupo retomou o trabalho a partir do bairro Parque da Cachoeira, que teve sua parte mais baixa soterrada pela lama de rejeitos.
O grupo de bombeiros voluntários das corporações de Indaial, Ibirama, Presidente Getúlio, Ilhota, São João do Itaperiú, Itaiópolis e Balneário Barra do Sul chegou a Brumadinho domingo à tarde e está acampado na área da Faculdade ASA, próximo do local onde foi montado posto de comando para receber as vítimas.
Na tarde de quarta os bombeiros voluntários iniciaram as buscas no Alberto Flores e seguiram até o Parque da Cachoeira, dois dos seis bairros mais afetados pelo acidente. O grupo é coordenado pelo capitão Ranier Francisco da Costa, comandante da 1ª Companhia Operacional do Terceiro Batalhão de Bombeiros Militar de MG.
Segundo o comandante dos bombeiros voluntários de Santa Catarina na Missão MG, Evandro Vinotti, durante a tarde de quarta, o primeiro dia de trabalho de buscas, um forte temporal trouxe mais medo para os moradores e afetou a segurança da operação.
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A equipe de Santa Catarina viajou a Brumadinho com seis veículos de emergência, equipamentos, estrutura de alojamento e suprimentos que garantem autossuficiência por dez dias. O objetivo é trabalhar em cooperação com a Associação de Bombeiros e Equipes de Resgate Voluntários do Estado de Minas Gerais (Volunterminas), Defesa Civil e demais órgãos de segurança. Ainda na segunda (28) os operadores de drone fizeram o credenciamento de dois equipamentos, que agora também estão à disposição para auxiliar nas buscas.
Parte da equipe que foi a Minas Gerais é composta por bombeiros voluntários da Unidade Arcanjo, força-tarefa permanente do CBV de Indaial criada em 2002 e que atua em desastres naturais. Esse grupo trabalhou na tragédia do Morro do Baú, em Ilhota (SC), em 2008; no Haiti, após o terremoto que assolou o país em 2010; e nos resgates às vítimas dos deslizamentos de terra em Teresópolis (RJ), em 2011.