Bombeiros Voluntários de Caçador representam o Brasil no Mundial da Croácia

Os Bombeiros Voluntários de Caçador, corporação localizada no Oeste do Estado, representou os bombeiros voluntários do Brasil no Desafio Mundial de Resgate (World Rescue Challenge – WRC), que ocorreu entre 9 e 14 de setembro deste ano em Karlovac, na Croácia. A competição reuniu equipes de resgate e salvamento de todo o mundo, entre elas a dupla catarinense João Guilherme Furquim e Felipe Cristiano Konfidera, na modalidade trauma.

A dupla catarinense conquistou a vaga para o Mundial quando venceu o 6º Desafio Nacional de Trauma, realizado em abril do ano passado pelos Bombeiros Voluntários de Concórdia. Furquim e Konfidera também conquistam o primeiro lugar no 6º Desafio Estadual de Trauma, promovido em junho deste ano pelos Bombeiros Voluntários de Treze Tílias. A participação em eventos internacionais não é novidade para a corporação. Equipes  do BV Caçador estiveram no Desafio Mundial de Resgate 2022, realizado em Luxemburgo, no Desafio Mundial de Trauma 2024 disputado nos Açores, em Portugal, além do 2º Encontro Latino Americano de Resgate Veicular e Trauma, também no ano passado, no Chile.

Para o comandante da corporação, Anderson Caetano de Souza, a participação dos bombeiros voluntários de Caçador no Mundial foi uma jornada de excelência, aprendizado e intercâmbio de conhecimentos. “Ao longo de cenários simulados de alta complexidade, nossa dupla foi desafiada a aplicar suas habilidades em atendimento pré-hospitalar, onde cada manobra, cada decisão e cada segundo eram vitais para o sucesso do atendimento”, disse.4

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Cristiano e Furquim

O comandante disse ainda que representar os bombeiros voluntários do Brasil foi uma grande responsabilidade e competir no cenário mundial representa uma grande honra. “Nossos bombeiros representaram nosso país e demais corporações, demonstraram a qualidade e dedicação dos bombeiros brasileiros”, observou.  Segundo ele, o retorno da dupla não marca o fim da experiência, mas sim a transferência do conhecimento para os demais bombeiros. “O conhecimento adquirido é compartilhado e implementado, beneficiando diretamente a comunidade atendida e capacitando futuros bombeiros.”

Experiências – Para Felipe Cristiano Konfidera, o maior desafio foi participar de uma prova inédita (além das tradicionais standard e complex), que exigiu interação com uma segunda equipe – no caso deles, de bombeiros de Madrid – simulada com oito vítimas. “Foi muito complexo, desafiador, mas trouxe muito conhecimento”, afirmou. Ele disse, ainda, que o Desafio Mundial proporcionou muito conhecimento e novas técnicas de resgate que agora serão replicadas para os demais bombeiros da corporação e aplicadas nas situações de emergência do dia a dia.

João Guilherme Furquim concordou com o colega que a prova de múltiplas vítimas foi a mais desafiadora, mas citou também a falta de domínio amplo dos protocolos europeus, por exemplo. “Mas já estamos nos aprofundando nos estudos para os desafios futuros”, disse. Ele citou outras barreiras vencidas se comparado com o Mundial de Portugal. “Desta vez, conseguimos realizar todas as provas em inglês, por exemplo, que foi uma das maiores dificuldades no ano passado.”